quarta-feira, 6 de maio de 2009

MONÓLOGOS INSANOS II




O CADERNO ROSA DE LORI LAMBY (trecho)

Eu tenho 8 anos. Eu vou contar tudo do jeito que eu sei porque a mamãe e o papai me falaram pra eu contar do jeito que eu sei. Eu quero falar do moço que veio aqui e que a Mammy me disse que não é tão moço assim, eu deitei com a minha boneca na minha caminha que é muito bonita, é toda cor de rosa. E o homem que não é tão moço pediu pra eu tirar a calcinha e eu tirei. Aí ele me pediu para abrir bem as perninhas e ficar deitada e eu fiquei. Então ele começou a passar a mão na minha coxa que é muito fofinha e gorda e pediu para que eu abrisse bem as minhas perninhas. Eu gosto muito quando passam a mão na minha coxinha. Daí o homem disse para eu ficar bem quietinha que ele ia dar um beijo na minha coisinha. Ele começou a me lamber como o meu gato se lambe, bem devagarinho, e apertava gostoso o meu bumbum. Eu fiquei bem quietinha porque é uma delícia. E eu queria que ele ficasse lambendo o tempo todo mas ele tirou aquela coisona dele o piu-piu e era um piu-piu bem grande do tamanho de uma espiga de milho mais ou menos. A Mamy falou que não podia ser assim tão grande mas ela não viu. E quem sabe o piu-piu do Papy seja mais pequeno, do tamanho de uma espiga de milho mais verdinho. Eu comecei a rir mas ele disse que atrapalhava que era pra eu ficar bem quietinha e que era pra eu lamber o piu-piu dele como a gente lambe um sorvete de chocolate, então eu lambi. Aí ele disse para eu ficar deitadinha com as pernas bem abertas abrindo a minha coisinha com a minha mão para ela se refrescar enquanto ele ficava mexendo o piu-piu e dizendo AI-AI muitas vezes aí eu abri.
Hilda Hilst

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