sábado, 28 de março de 2009

DIÁLOGOS INSANOS VI




" NÃO ADIANTA CRERMOS QUE A "MÁQUINA" PÚBLICA VAI MUDAR, QUEM QUER PRODUZIR REALIZA, NÃO FICA AGUARDANDO QUE A "MÁQUINA" ENFERRUJE PARA QUE SURJA UMA BRECHA..."


HORN

sábado, 21 de março de 2009

DIÁLOGOS INSANOS V


" NENHUM DE NÓS AQUI PODE COMPROVAR SUA PRÓPRIA SANIDADE!!!"


Amabile, com sono, filosofia barata às 8h

DIÁLOGOS INSANOS IV


" O QUE VOCÊ FARIA SE NÃO TIVESSE MEDO???"


DAVID PRADAL, HOJE AS 8H, PROVOCANDO...

segunda-feira, 16 de março de 2009

NELSON: VIDE BULA.


Ontem, 15/03, Cidinha e eu tivemos a oportunidade de assistir a montagem de “A Serpente”, realizada pelo Teatro da Neura. Longe de uma “crítica” (deixemos isso para os “especialistas”), gostaríamos de compartilhar nossas impressões sobre o espetáculo. Sim! Antes de tudo, o que vimos foi um espetáculo (e competente!)... Aqueles que estão acostumados com o peso sombrio da obra rodrigueana, geralmente calcada em excessos, com interpretações caricatas, impostações invariáveis e um realismo absurdo, são surpreendidos pela estranheza da montagem clean, onde o simbólico ganha significado e a estética adotada privilegia o que há de mais fundamental no teatro: o ator. Quem tiver a chance, confira! O que verão não é teatrinho, nem teatrão: é teatro. Ponto.

terça-feira, 10 de março de 2009

DIÁLOGOS INSANOS III

VATICANO: FOI MALUF QUE FEZ!!!!

sábado, 7 de março de 2009

DIÁLOGOS INSANOS II

Mas, antes que qualquer coisa desse tipo seja aventada em contradição à minha proposta e oferecendo melhor, desejo ao autor ou autores que façam o favor de considerarem atentamente dois pontos:
Primeiro, dado o estado das coisas neste momento, como serão capazes de encontrar comida e roupa para cem mil bocas e membros inúteis.
E, segundo, havendo um milhão redondo de criaturas com figura humana por todo este reino, cuja subsistência total posta em armazém comum as deixaria com uma dívida de dois milhões de libras esterlinas – adicionando os que são pedintes por profissão ao volume dos lavradores, aos habitantes de barracas e trabalhadores rurais, com as mulheres e crianças que são pedintes de fato: desejo a esses políticos que não gostam do meu projeto, e podem talvez ser tão ousados quanto a tentar uma resposta, que perguntem primeiro aos pais desses mortais se, neste momento, não achariam ter sido uma felicidade enorme terem sido vendidos como alimento com um ano de idade da maneira que proponho, e por essa via ter evitado uma cena perpétua de desgraças como têm suportado com a opressão dos senhorios, a impossibilidade de pagar a renda, estarem sem dinheiro ou negócio, terem a falta de sustento comum, sem casa nem roupas para os cobrir das inclemências do tempo, e o mais inevitável prospecto de acarretarem as mesmas misérias ou maiores sobre as suas crianças para sempre.

Jonathan Swift - Uma modesta proposta para prevenir que, na Irlanda, as crianças dos pobres sejam um fardo para os pais ou para o país, e para as tornar benéficas para a República - 1729

DIÁLOGOS INSANOS

Já lhes revelei, portanto, a fonte do primeiro e supremo prazer da vida: a devassidão! Percebo que alguns de vocês se mostram incrédulos quanto essa afirmação. Talvez por pudor ou romantismo, acreditam que se entregam a concupiscência não por volúpia e justificam seus atos em busca do prazer denominando-o amor. Abusam da minha inocência se assim se justificam. Mortais, aquilo que chamam amor nada mais é do que a mais violenta forma da crueldade. Vossas relações amorosas são construídas a bases de contratos velados. Dirigem-se ao ente amado como se propusessem: “meu escravo, eu o aceito e tolero com as seguintes condições. Você renuncia sem restrições a sua personalidade. Não tem mais individualidade. É em minhas mãos um instrumento cego que executa, sem discutir, todas as minhas ordens. Se esquecer que é meu escravo e não me obedecer em tudo, sem reservas, tenho o direito de castigá-lo como quiser e não lhe cabe o direito de reclamar. Todo bem que lhe concedo é uma graça de minha parte e deve ser aceito como tal, com reconhecimento, não tendo nenhum dever ou obrigação com você. Você não tem o direito de ser nem filho, nem irmão, nem amigo, nada além de meu escravo prostrado no chão. Não só o seu corpo, mas a sua alma me pertence, e seja qual for o grau de seu sofrimento, você deve, assim mesmo, suas sensações e sentimentos as minhas ordens. A maior crueldade me é permitida, mesmo se o mutilar, suportará sem reclamar. Trabalhará para mim como um escravo, ainda que eu viva na opulência e lhe deixe faltar de tudo, ainda que o espezinhe deverá beijar o pé que o esmaga. Posso deixá-lo a qualquer momento, você não pode fugir. Você não tem nada fora de mim, sou tudo para você: sua vida, seu futuro, sua felicidade, sua infelicidade, seu martírio e sua alegria. Tudo que eu lhe pedir de bom e de mal, deverá fazer. Sua honra, seu sangue, seu espírito e suas atividades me pertencem, sou dona de sua vida e de sua morte”. Vejo que me olham com uma certa incredulidade. Acabo de vos representar exatamente como se comportam nos relacionamentos amorosos. Não me olhem com essa cara! Não sou culpada da pequenez com que conduzem suas relações, dou-lhes a alegria e o prazer, mas preferem imolar-se com os ciúmes, apropriar-se do outro como se este fosse apenas mais um bem, não vivem as paixões, insistem em torná-las um jogo de trocas de favores... e sofisticam-se cada vez mais: me julgam prepotente por desejar provar minha divindade, e vocês? Escondem que também brincam de Deus, querendo moldar o ser amado, a vossa imagem e semelhança...
TEXTO COM TRECHOS DO ELOGIO DA LOUCURA (ERASMO DE ROTERDAM) E CARTA DE WANDA AO ESPOSO SACHER-MASOCK