sexta-feira, 22 de maio de 2009
PALHAÇOS - SESI MOGI DAS CRUZES - 27/05
“Palhaços” de Timochenco Wehbi é nosso primeiro estudo na linha de “Memórias: Poéticas Pessoais”, que visa pesquisar e experimentar autores que valorizam o indivíduo e suas relações, examinando situações e as possibilidades do sujeito sobre a ação, pois acreditamos que o texto, além de dialogar com o público, é extremamente generoso em favorecer o jogo cênico.
Texto: Timochenco Wehbi
Elenco: David Pradal e Rodrigo Lyns
Iluminação:Júlio Rossoni
Cenário / Figurino: Cidinha Prado
Design Gráfico: Horn
Direção: Amabile Luz
Recomendação: 16 anos
Texto: Timochenco Wehbi
Elenco: David Pradal e Rodrigo Lyns
Iluminação:Júlio Rossoni
Cenário / Figurino: Cidinha Prado
Design Gráfico: Horn
Direção: Amabile Luz
Recomendação: 16 anos
quarta-feira, 6 de maio de 2009
MONÓLOGOS INSANOS II
O CADERNO ROSA DE LORI LAMBY (trecho)
Eu tenho 8 anos. Eu vou contar tudo do jeito que eu sei porque a mamãe e o papai me falaram pra eu contar do jeito que eu sei. Eu quero falar do moço que veio aqui e que a Mammy me disse que não é tão moço assim, eu deitei com a minha boneca na minha caminha que é muito bonita, é toda cor de rosa. E o homem que não é tão moço pediu pra eu tirar a calcinha e eu tirei. Aí ele me pediu para abrir bem as perninhas e ficar deitada e eu fiquei. Então ele começou a passar a mão na minha coxa que é muito fofinha e gorda e pediu para que eu abrisse bem as minhas perninhas. Eu gosto muito quando passam a mão na minha coxinha. Daí o homem disse para eu ficar bem quietinha que ele ia dar um beijo na minha coisinha. Ele começou a me lamber como o meu gato se lambe, bem devagarinho, e apertava gostoso o meu bumbum. Eu fiquei bem quietinha porque é uma delícia. E eu queria que ele ficasse lambendo o tempo todo mas ele tirou aquela coisona dele o piu-piu e era um piu-piu bem grande do tamanho de uma espiga de milho mais ou menos. A Mamy falou que não podia ser assim tão grande mas ela não viu. E quem sabe o piu-piu do Papy seja mais pequeno, do tamanho de uma espiga de milho mais verdinho. Eu comecei a rir mas ele disse que atrapalhava que era pra eu ficar bem quietinha e que era pra eu lamber o piu-piu dele como a gente lambe um sorvete de chocolate, então eu lambi. Aí ele disse para eu ficar deitadinha com as pernas bem abertas abrindo a minha coisinha com a minha mão para ela se refrescar enquanto ele ficava mexendo o piu-piu e dizendo AI-AI muitas vezes aí eu abri.
Hilda Hilst
Hilda Hilst
MONÓLOGOS INSANOS I
A FORÇA DAS COISAS
Às vezes você está furioso. Gestos duros. Rápidos. Grita como louco.Tira faísca do assoalho. Fora de qualquer limite. Procura algo para destruir. Um objeto estilhaçante. Espetacular mesmo. À altura do seu estado. Agarra aquela fruteira. Ou uma jarra, por exemplo. Arremessa contra a parede. Com toda a força. Só que você não reparou: a droga é de plástico. Simplesmente não quebra. Ou pior. Bate e volta contra você. Acerta-o em qualquer lugar. Você se dobra. Sente o golpe. Pronto. É o que basta para tirar toda a força da coisa. Entende o que eu quero dizer???
Fernando Bonassi - Violência e Paixão
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